No dia 30 de março, pistoleiros fortemente armados invadiram o Seringal São Domingos, no Amazonas, atearam fogo em pelo menos duas casas, dispararam vários tiros contra as pessoas, e executaram uma das lideranças da comunidade. Após o conflito, as famílias buscaram assistência jurídica junto à Defensoria Pública do Estado Acre (DPE-AC).
A Defensoria Pública se reúne às 14 horas desta sexta-feira (5) com moradores do Seringal São Domingos, situado no município de Lábrea (AM), e também próximo à divisa com os estados do Acre e Rondônia, na região conhecida como Ponta do Abunã.
A reunião ocorrerá na sede da DPE-AC, em Rio Branco, e tem como objetivo intermediar uma ação imediata para providências dos órgãos responsáveis pela fiscalização da região e a investigação dos crimes cometidos contra as famílias de posseiros.
Nesta área, no dia 30, a liderança Nemis Machado de Oliveira, 50 anos, foi morta por pistoleiros e chegou a ter parte do corpo queimado. A imprensa local tem noticiado pelo menos mais três pessoas mortas. Há essa suspeita também por parte de alguns moradores da área, que ainda não se sentiram seguros para retornar às suas casas. Entretanto, até o momento, a Comissão Pastoral da Terra no Acre (CPT-AC), confirma apenas a morte de Oliveira.
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Participam da reunião de hoje representantes da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público Federal (MPF), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), com a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), com o deputado federal Alan Rick (DEM), e lideranças de movimentos sociais e de direitos humanos, além dos moradores do Seringal.