Estão abertas as inscrições do “Concurso Anual de Artigos, Ensaios e Fotografias – Alimentos e Pensamentos”, uma iniciativa doInstituto para o Desenvolvimento Rural da Sudamérica (IPDRS), em parceria com outras organizações, dentre elas a FASE. O objetivo é estimular a produção de conhecimentos, reflexões, debates e propostas sobre diversos temas ligados ao desenvolvimento rural de base camponesa e indígena na America do Sul. Nesse ano, o tema é “Agricultura Resiliente ao Clima”. Os trabalhos poderão ser entregues de até o dia 31 de agosto.
O concurso completa cinco anos em 2016, sendo voltado para mulheres e homens jovens, entre 22 e 35 anos. Podem participar estudantes, docentes universitários, investigadores, ativistas, gestores de políticas públicas, funcionários e funcionárias estatais e de organizações não governamentais, dentre outros. Os documentos podem estar editados em português ou espanhol.
Agricultura e clima
A agricultura resiliente ao clima é tanto um conceito como uma soma de práticas baseadas em conhecimentos, capacidades e atividades camponesas e indígenas sobre sistemas agrícolas, pecuários, florestais, agroflorestais, dentre outros, para enfrentar as conseqüências dos novos fenômenos climáticos ou o aprofundamento dos já existentes, como as secas, as inundações prolongadas e o aumento da temperatura do planeta. A resistência à variação do clima incorpora uma nova compreensão de propostas, como a agroecologia e a produção orgânica, como exemplos. Essa perspectiva é oposta a que diz que a solução está relacionada a pacotes tecnológicos baseados especialmente no alto consumo de agrotóxicos e de variedades modificadas geneticamente, mais conhecidas como transgênicas.
Entre muitos aspectos que podem ser abordados nos trabalhos, estão os seguintes: mulheres, agricultura e mudanças climáticas; incorporação do problema e respostas nos sistemas educativos; sistemas inovadores de alerta sanitário para plantas e animais; sistemas locais de armazenamento de sementes; sistemas locais de seguros agropecuários focados no clima; acesso à terra familiar e comunitária; gestão territorial; políticas públicas em nível municipal, estadual e nacional; mercados urbanos sensíveis aos produtos certificados ambientalmente; alianças entre consumidores e produtores; sistemas de sensibilização da população rural; e sistemas de conservação e reprodução comercial de sementes e espécies nativas.
Os artigos, ensaios e fotografias poderão abordar também: tecnologias alternativas de baixo impacto ambiental, sistemas familiares e comunitários; políticas de reciclagem e substituição de fertilizantes químicos por orgânicos em escala territorial; sistemas de coleta de água, uso humano, animal e irrigação apropriados para garantir a produção e reabastecer a natureza; e sistemas de assistência em emergências (inundações, secas, incêndios florestais) que não destruam a base comunitária produtiva, nem desloquem a população, dentre outros enfoques.
Premiação
O edital traz mais informações sobre as formas de participar. O comitê de avaliação será composto de cinco pessoas, uma de cada instituição envolvida no concurso. A premiação varia entre U$ 100 e U$ 700, além de incluir a publicação dos trabalhos. A divulgação dos resultados está prevista para o dia 30 de setembro.
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